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89º Aniversário

May 11 2017
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Mais apoios e incentivos, quer a nível local, quer a nível nacional, foi o que os Bombeiros de S. João da Madeira pediram na cerimónia que assinalou mais um aniversário da corporação sanjoanese.
A história já é longa, 89 anos já se passaram desde o dia da fundação dos Bombeiros de S. João da Madeira. Muitas alegrias, tristezas, dificuldades, fogos apagados, vidas salvas, muito cansaço e nem sempre o reconhecimento por homens que “não têm horários e estão sempre disponíveis para os sanjoanenses”.
No passado dia 29, sábado, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de S. João da Madeira não deixou o dia em branco e foram muitas as comemorações que marcaram o dia de aniversário. A cerimónia, teve  início, logo pela manhã, com o hastear de bandeiras, a formatura geral no Quartel Sede, no Largo Conde Dias Garcia. As comemorações ficaram ainda marcadas pela deposição de uma coroa de flores no Monumento ao Bombeiro e a tradicional romagem aos três cemitérios, bem como a realização da missa solene pela alma dos sócios, beneméritos, directores e bombeiros falecidos, na igreja matriz.
No decorrer da cerimónia, que assinalou o aniversário da instituição, com a presença de autarcas locais e de responsáveis locais, regionais e nacionais dos bombeiros, foram benzidas duas novas viaturas, um investimento de cerca de 80 mil euros, concretizado com o apoio da Câmara Municipal e da família Sá (Centro Médico da Praça). Uma das viaturas destina-se ao transporte de doentes para clínicas de reabilitação e para hemodiálise. A outra é uma ambulância para transportes múltiplos.
Na sessão solene, Carlos Coelho, presidente dos Bombeiros, agradeceu o apoio do Município pelos subsídios atribuídos e pela ajuda na resolução de alguns problemas da associação, mas frisou que esse mesmo apoio “não é suficiente”, já que o valor dos subsídios, entre 2000 e 2016, apesar de não terem sido reduzidos, “os mesmos não podem ser comparáveis pois, quanto a custos e encargos, já nada é igual”.
Numa altura em que o exercício económico de 2016 desta associação apresentou um resultado financeiro negativo de 185.217,45 euros, sendo que 152.166.25  euros são equivalentes a gastos de depreciação e de amortização, que resultam da exploração de menos de 33.051,20 euros.
Carlos Coelho lembrou ao presidente do Município que as “verbas transferidas” para os Bombeiros têm que ser vistas como um “investimento e não como um custo”, reforçando: “a segurança não tem preço”.
O presidente da Câmara de S. João da Madeira, Ricardo Figueiredo, respondendo ao presidente dos Bombeiros sanjoanenses, referiu que a autarquia está preparada “e pronta para discutir” o subsídio anual para despesas correntes que entrega à corporação, que deverá passar por um aumento. Para este ano, recebeu 95 mil euros, mais dois mil do que a verba recebida em 2016.
O chefe máximo do executivo assumiu que o município reforçará os benefícios para os voluntários, na área da educação, com “descontos na factura da água e no acesso a espectáculos”.
Por sua vez, o comandante José Morais, representante da Liga dos Bombeiros Portugueses, lembrou, na cerimónia comemorativa, “que a Liga não faz mais porque não a deixam fazer mais”.
Normando Oliveira, comandante dos Bombeiros sanjoanenses, começou a sua intervenção lembrando ao presidente da Câmara, Ricardo Figueiredo, que a associação está presente e que “precisa de ajuda, somos o braço armado do povo sanjoanense”. Mas os pedidos não ficaram por aqui. Ao representante da Liga dos Bombeiros, solicitou: “defenda os Bombeiros, defenda aquilo que é necessário, que são os nossos princípios e dê-nos credibilidade lá em cima. Não basta dizer, é necessário fazer”, pois “todos os dias fazemos, ninguém fica por socorrer”. Fazendo nesta altura uma antevisão da época dos fogos, referiu que não se sabe “como vai ser a parte financeira”. Estamos a dizer sim, “sem saber as regras do jogo”. Apesar de tudo, o líder dos bombeiros referiu que “já tivemos fogos em Aveiro e respondemos sim, pois a solidariedade entre corpos de bombeiros ainda vai existindo”.
Marco Braga, presidente da federação dos bombeiros do Distrito de Aveiro, reforçou que as autarquias devem fazer parte da Lei de Financiamento dos Bombeiros. “Temos que acabar com as disparidades nos apoios das câmara municipais às suas associações”. Marco Braga recordou um assunto que disse ter levantado recentemente em Arouca. “É preciso urgentemente medidas para a defesa do voluntariado em Portugal. A Liga luta por isso, mas está na hora de ir mais longe, de bater o pé e de dizer chega”. Assumiu estar “farto” de há mais de 20 anos ouvir falar do Cartão Social do Bombeiro e que o mesmo ainda não seja “uma realidade”.
Por sua vez, José Luís Morais, representante da Liga dos Bombeiros Portugueses, frisou que a Liga “não se esquece dos Bombeiros” e “não faz mais porque não a deixam fazer mais”. Deixou claro que a Liga “não é poder” e que a mesma “tem que negociar com o poder”.
Aos jornalistas, no final da sessão comemorativa, Carlos Coelho deu conta de que, neste momento, a associação conta com 3.500 associados, mas com poucas entradas como objectivo estratégico.
Voltou a reforçar que, na cidade, pelo menos uma pessoa em cada família deveria ser sócio, pagando uma quota mensal de dois euros. “Não é um encargo muito grande”, mas era o “suficiente para os Bombeiros poderem trabalhar sem preocupações e sem riscos de falhar”.
O presidente garantiu ainda que a Associação preparará um programa alargado para as comemorações dos 90 anos da associação, que já arrancaram. “Queremos uma actividade por mês, queremos criar condições e meios para poder garantir ao comando e corpo activo o trabalho de excelência” como têm feito até aqui, assegurou.
 Os Voluntários de S. João da Madeira contam com 89 elementos activos.

 

Centro Médico da Praça de mãos dadas com os Bombeiros
Um dos momentos altos das comemorações deste aniversário ficou marcado pela assinatura de um protocolo entre a Associação Humanitária sanjoanense e o Centro Médico da Praça (CMP), um espaço de saúde de referência na região e no distrito, com mais de 30 anos ao serviço da saúde. O protocolo irá permitir aos bombeiros voluntários, seus familiares directos e associados da instituição terem acesso a “vantagens, descontos e isenções de taxas moderadoras”.
Fausto Sá, fundador e administrador do CMP, frisou na sua curta intervenção que os Bombeiros de S. João da Madeira “são merecedores” desde protocolo, lembrando que o CMP tem clínicas noutros concelhos da região, manifestando a sua disponibilidade em rubricar acordos similares. “O distrito também é merecedor de um protocolo idêntico”, considerou o empresário, que, na companhia da sua esposa, Maria de Fátima, foi publicamente louvado pelo gesto. Recorde-se que o CMP faz-se representar em 12 filiais, que se encontram espalhadas pela região e tem ainda parceria com cerca de dez clínicas, com todas as seguradoras de saúde e com várias empresas da região.
Carlos Coelho considera este protocolo muito importante, uma vez que permite dar algo aos “associados que não tinham até agora”, um incentivo que ajudará a não reduzir o número de associados, “como tem acontecido até aqui”, frisou.
Por sua vez, Ricardo Figueiredo reconheceu que o CMP presta “um serviço importantíssimo” a S. João da Madeira na prestação de serviços de saúde, contribuindo para o “crescimento da cidade
”.

Last changed: May 11 2017 at 3:21 PM

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